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É assim na vida moderna. Milhões de pessoas no mundo passam o dia inteiro trabalhando em frente ao computador. O smartphone é usado para trocar mensagens, consultar e-mails e acessar a internet. Em casa, dedicamos um bom tempo à televisão e o tablet ainda serve para ler um livro. Já parou para calcular quantas horas você passa de frente para uma tela? O hábito aparentemente inofensivo pode se tornar um inimigo da saúde ocular. Os olhos precisam trabalhar em dobro, enquanto o número de piscadas diminui, levando ao que se chama síndrome da visão de computador (CVS, sigla em inglês). Irritação, ardência e vermelhidão nos olhos, além de sonolência, dor de cabeça, mal-estar e cansaço, estão entre os sintomas do problema, comum em uma sociedade tecnológica.
O assistente da Clínica de Olhos da Santa Casa de Belo Horizonte e integrante da equipe do Instituto de Olhos Pampulha Wilton Feitosa Araújo acrescenta que o uso intensivo do computador expõe os olhos aos raios ultravioleta. Assim como a diminuição das piscadas, um dos principais efeitos da radiação, mesmo que seja mínima, é uma baixa na produção e no fluxo de lágrima. “Quando passamos algumas horas em frente a uma tela que emite qualquer grau de radiação, surgem pequenas lesões na conjuntiva, membrana que recobra o olho, e na córnea. Ao fim do dia, elas provocam sintomas como dor de cabeça, olho vermelho e tontura”, esclarece o oftalmologista. Por sorte, a conjuntiva e a córnea são estruturas que se recuperam com facilidade. Araújo destaca que, só de passar a noite com os olhos fechados, o retorno da lágrima facilita a multiplicação das células e a regeneração dos tecidos.