Conhecido como exame de fundo de olho ou fundoscopia, a oftalmoscopia é a técnica utilizada para observar a estrutura do globo ocular com o objetivo de identificar problemas na visão. No entanto, o método também serve para diagnosticar outros tipos de doença. Segundo o oftalmologista Luiz Fernando Paiva, do Instituto de Olhos Clovis Paiva, é possível identificar precocemente doenças como hipertensão arterial, diabetes e patologias neurológicas, entre outras. “Normalmente, a busca pelo oftalmologista é feita por quem apresenta problemas na vista, mas o exame oferece diversos benefícios ao paciente”, explica.
O procedimento pode ser feito em pessoas de qualquer idade. Bebês, prematuros ou não, cujas mães sofreram infecções durante a gestação, devem ser submetidos à oftalmoscopia. Em adultos, o exame de fundo de olho é importante para o diagnóstico de doenças localizadas e para a identificação precoce de doenças sistêmicas – que afetam todo o corpo. “A técnica pode revelar, inclusive, a presença do câncer de olho. Cabe ao médico realizar o exame e orientar o paciente sobre a importância do procedimento”, informa o especialista.
Em pacientes de idade avançada, o exame de fundo de olho pode identificar o surgimento de cristais brancos ou levemente amarelados – chamados de drusas – que aumentam o risco de cegueira e degenerações maculares próprias do envelhecimento. De acordo com Paiva, além de problemas oculares, como glaucoma ou tumores na retina, a oftalmoscopia também pode diagnosticar problemas como sífilis, lúpus e até a presença de parasitas no corpo: “Ao fazer o exame e constatar algum sintoma, o oftalmologista é responsável por orientar o melhor tratamento junto ao clínico da área”.
É recomendado fazer esse tipo de exame rotineiramente de forma preventiva. “ Na maioria dos casos, o paciente não sente nada. Mas os sinais são percebidos pela coloração diferenciada da retina, parte interna do olho, opacidade e outras características do globo ocular”, completa o oftalmologista do Instituto de Olhos Clovis Paiva.
