Você já levou seu filho ao oftalmologista? Saiba que não é preciso esperar muito para a primeira consulta. Os cuidados com os olhos são fundamentais para o desenvolvimento da criança.
O primeiro exame nos olhos da criança é realizado assim que ela nasce. É o chamado teste do olhinho. “São observados a cor pupila (que deve ser preta) e os reflexos da luz. Ou seja, ao acender a luz em um olho, a pupila fecha e o outro olho deve reagir também”, diz Paulo Grueenmacher, oftalmologista do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba.
Os prematuros, por exemplo, em especial aqueles que nascem com menos de 1,5 kg e vão para o oxigênio, precisam de observação constante do oftalmologista, inclusive 90 dias após a alta do hospital, para avaliar se não há nenhuma alteração da retina.
Ela deve acontecer no momento em que houver alguma queixa da criança, ou orientação do pediatra, ou como rotina ainda no primeiro ano de vida. “O olho é o órgão que mais se desenvolve nos 12 primeiros meses, e aos 7 anos fica adulto. Por isso, o diagnóstico precoce de qualquer patologia é fundamental”, afirma Paulo. Se o olho for privado de receber nitidez por conta de alguma patologia, dificilmente terá chance de se desenvolver plenamente após essa idade.
O especialista ressalta que a criança pequena não precisa contribuir em nada na consulta. “Temos meios para examinar e medir a acuidade visual inclusive do recém-nascido, provocando movimentos oculares por excitação que já diz se a criança enxerga ou não”, diz.
Em casa, os pais podem observar se há algum problema com a visão da criança. Segundo Paulo, aquelas que caem muitas vezes possivelmente não têm visão de profundidade, e dificuldade em detalhes pequenos. Os pais podem também fazer um teste simples, oferecendo um brinquedo de que goste tampado um olho primeiro e depois o outro, e observar se ela terá a mesma desenvoltura e coordenação quando um dos olhos está vendado.
Os problemas oculares, se não tratados na hora certa, podem levar também a prejuízos àquelas crianças em idade escolar, atrapalhando o aprendizado e o convívio social.
Estrabismo – um olho fica alinhado e o outro desviado, prejudicando a visão em terceira dimensão;
Erros de refração – há alteração no grau nos olhos; um pode ser normal e o outro, míope, por exemplo;
Ambliopia, ou olho preguiçoso – anatomicamente, os olhos são normais, porém um deles não se desenvolveu corretamente — as causas mais freqüentes seriam os erros de refração e o estrabismo, que prejudicam a chegada da imagem nítida no cérebro.